Certificados de Recebíveis (CRI/CRA): Invista no Setor Produtivo

Certificados de Recebíveis (CRI/CRA): Invista no Setor Produtivo

Investir em CRI e CRA vai muito além de ganhos financeiros: é contribuir para o desenvolvimento de setores vitais da economia. Ao aplicar recursos nesses títulos, você apoia projetos imobiliários e do agronegócio e, ao mesmo tempo, busca rentabilidade competitiva.

Conceitos centrais de CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são títulos de renda fixa privados emitidos por securitizadoras. Eles são lastreados em créditos gerados por operações imobiliárias ou agropecuárias, transformando fluxos de pagamentos futuros em instrumentos negociáveis no mercado.

No caso dos CRI, o lastro envolve financiamentos habitacionais, aluguéis futuros e recebíveis de construtoras. Já os CRA são garantidos por vendas a prazo de safras, contratos de fornecimento de insumos e financiamentos de maquinário. Essa estrutura de securitização assegura a ligação direta entre o investidor e atividades produtivas.

Como o investimento impulsiona a economia real

Ao adquirir esses títulos, o investidor financia projetos concretos. No setor imobiliário, os recursos são destinados à imobiliário residencial e comercial: construção de moradias, reformas urbanas e desenvolvimento de centros logísticos. Já no agronegócio, o capital vai para compra de insumos, maquinário e logística de colheita.

Essa conexão faz com que os investidores se tornam credores diretos de operações reais, com impacto imediato em geração de empregos, inovação e expansão de infraestrutura. Investir em CRI e CRA significa aplicar diretamente ao setor produtivo e colher resultados econômicos e sociais.

Principais características financeiras

As emissões de CRI e CRA se diferenciam pelo tipo de indexação e pelo prazo de maturação. Existem títulos:

A forma de pagamento pode ser periódica, com juros mensais ou semestrais, e amortização parcial ou total no vencimento. Emissões voltadas ao público em geral costumam exigir entre R$ 1 mil e R$ 5 mil, enquanto ofertas para investidores qualificados podem ter valores mínimos mais altos.

Esses títulos, por não serem cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), demandam avaliação cuidadosa de rating, garantias e perspectiva do setor. Ainda assim, a diversificação de carteira e o conhecimento do lastro são chaves para uma alocação segura.

Tributação e incentivos fiscais

Um dos principais atrativos para pessoa física é a remuneração geralmente isenta de IR. Os CRI e CRA enquadram-se como títulos incentivados ligados a setores estratégicos, garantindo isenção de Imposto de Renda sobre rendimentos.

Para pessoas jurídicas, o benefício de isenção de IOF em CRAs é presente, mas o IR segue regras gerais de renda fixa. Apesar da discussão sobre possíveis mudanças fiscais, a manutenção das isenções até 2026 estimula o fluxo de recursos ao setor produtivo.

Como começar a investir em CRI e CRA

Para dar os primeiros passos:

  • Defina seu horizonte de investimento e perfil de risco.
  • Avalie o rating e as garantias de cada emissão.
  • Consulte prospectus e termos de securitização.
  • Compare taxas, prazos e forma de pagamento.
  • Verifique o valor mínimo de subscrição e custos de corretagem.

Após selecionar as melhores opções, faça a compra via plataforma de corretora ou banco, acompanhando o fluxo de pagamentos e eventuais mudanças no setor. Monitorar indicadores econômicos e notícias setoriais ajuda a manter decisões informadas.

Riscos e boas práticas de diversificação

Embora os CRI e CRA ofereçam atratividade, apresentam riscos como inadimplência do emissor, variação de mercado secundário e liquidez reduzida. Analisar o histórico da securitizadora e o portfólio de recebíveis é fundamental.

Diversificar em diferentes emissores, prazos e tipos de indexação reduz a exposição concentrada. Combinar CRI/CRA com outros ativos de renda fixa e variável cria um portfólio equilibrado, adaptado aos seus objetivos financeiros.

Conclusão: seu papel no crescimento do Brasil

Ao investir em CRI e CRA, você se torna parte ativa do ciclo de desenvolvimento nacional. Seus recursos financiam moradias, infraestrutura urbana, supri­mentos agrícolas e inovação no campo. Além de potencializar seus ganhos, você fortalece a economia real, impulsionando gera­ção de empregos e progresso sustentável. Faça deste investimento um compromisso com o futuro do país e colha os frutos de um portfólio consciente e engajado.

Por Lincoln Marques

Lincoln Marques